deitar na grama, ainda meio molhada porque tem chovido bastante aqui no Rio, e segurar a cabeça com as mãos cruzadas por detrás dela. o que vejo não são só as folhas e as flores e nem só as nuvens que abrandaram a pouco neste lindo céu de outono. vejo a luz que envolve o dia. fecho então meus olhos e respiro fundo, querendo dizer que agradeço por esse momento. sinto a energia que movimenta o dia. essa pausa, mesmo que breve, faz lembrar toda a magia que rege a ordem do universo. por mais que tenhamos controle sobre muitas coisas a natureza continua reinando com sua completa autonomia: ninguém até hoje achou o botão que faz chover e nem parar de chover...
assim também é com o nosso corpo. não temos botões pra controlar as movimentações do nosso corpo. podemos nos deitar nessa mesma grama e começar a percebê-lo, a sentí-lo. sentimos a respiração, as batidas do coração e logo percebemos que o coração bate até a ponta dos pés... aos poucos vamos tomando consciência do imenso e complexo organismo que ele é. funciona segundo sua própria ordem, segundo suas próprias leis. rico é aquele que consegue compreender isso. assim como a natureza que às vezes precisa gritar conosco, nos mandando algumas catástrofes, o nosso corpo tenta dialogar o tempo todo. é um diálogo sincero e amoroso. dá pequenos sinais de que sua ordem está sendo perturbada e se não notamos pode então nos dar uns puxões de orelha. as tentativas - ora frustradas - de nos tornar conscientes da desordem vão só se intensificando. daí, então, se ainda não percebemos, pode nos mandar as "catástrofes"... atenção, atenção, atenção! tem coisa bem errada por aqui! como um amigo fiel que tenta te dar aquele choque pra você cair na real!!
si. todo es loco ,nosotros somos ,decidamos pues.
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