se em um momento de desconexão e solidão esqueço-me de quem Sou, sofro. se olho o mundo de maneira parcial e fragmentada, sofro. se esqueço da grandiosidade da vida e da maestria do cosmos, sofro. o sofrimento faz parte da natureza do ser humano, mas se perde na imensidão e infinitude do Ser.
se olho ao meu redor e não reconheço meu caminho, sofro. se por um segundo esqueço a que vim para este mundo, sofro. se me perco nas danças da vida, tomando gosto pelos meus desejos carnais, sofro. o sofrimento dilacera o ser hunamo, mas o contacta com o Ser.
se me identifico com um momento de intensa felicidade, sofro quando ele se finda. se me realizo com as conquistas externas, sofro quando elas se vão. se me envaideço por colocações superficiais, sofro quando não as tenho. o sofrimento embriagueia o intelecto, mas se o transcendo, recupero a consciência e a lucidez do coração.
não me sinto pequena;
não me sinto parte;
não me sinto só;
não esqueço quem Sou;
não esqueço à que vim.
e tudo o mais não é real.
tenho esquecido-me das minhas orações e meditações e celebrações diárias.
sem a força cósmica pulsante esvazio-me e cada fagulha de dor incendeia em mim a chama do profundo sofrimento que não se dissipa. caio no samsara e maia me pega!
olhar e mergulhar.
orar e vigiar.
este mar de ilusão tem fim.
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